Valor agregado: meça, melhore e arrase com estas dicas

Entenda o conceito do valor agregado no contexto de restaurantes brasileiros, saiba como medir e melhorar – e por que agir com urgência.

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Homem sorridente, dono de restaurante ou bar, usando avental, segurando tablet em um estabelecimento com ambiente rústico e acolhedor.

Um cliente entra no seu restaurante, percebe que tem fila, mas que tudo flui e que todo mundo faz o pedido sem a operação travar. Ele fica feliz, por saber que fez a escolha certa: “todo mundo quer comer aqui!” e, além de tudo, fica tranquilo por saber que vai matar a fome rapidinho: “olha como a fila anda!”.

Isso explica bem a ideia de valor agregado: aquilo que mostra ao consumidor que faz sentido ele querer consumir e que o preço pago pela comida e pela bebida é justo e coerente!

E é sobre esse conceito, que nasce de algo maior do que o preço, que este artigo trata.

Do processo de compra, à usabilidade de tecnologias, passando pela comunicação, a transparência das informações e a organização da operação, tudo conta para o cliente perceber que está recebendo muito mais do que aquele específico item adquirido.

Aprenda, durante a leitura, a pensar com esse viés (positivo!).

O que é o “valor agregado” no contexto de um restaurante?

O valor agregado no foodservice é tudo aquilo que faz o cliente perceber vantagem em cada etapa da experiência de consumo. É aquilo que, como o nome diz, “agrega” à experiência da chegada à saída, do pedido ao pagamento.

Ele vai além do prato, da bebida e do preço e aparece, principalmente, quando tudo flui de forma gostosa, quando, ao final do consumo, o cliente percebe que viveu algo muito maior do que “só” fazer uma refeição.

A importância do valor agregado aparece numa melhora da reputação da marca no mercado, na divulgação boca a boca (totalmente grátis!), na lembrança recorrente do estabelecimento por parte do freguês, na facilidade de fazer vendas sugestivas etc.

Considere o valor agregado aquele “plus a mais” que faz compradores, aos poucos, virarem uma comunidade engajada em torno da marca; um dos fatores centrais da fidelização.

Não o confunda com “valor percebido”...

Valor agregado = tudo que o restaurante coloca na experiência de forma intencional
Valor percebido =
como o cliente realmente enxerga o benefício

…E trabalhe para oferecê-lo! Ou melhor, para garantir tanto um quanto o outro!

Existem diferentes formas de agregar valor no food, você sabia?

O valor “funcional” é o mais comum e aparece quando algo no restaurante cumpre seu papel de um jeito útil, mas outras dimensões podem lhe interessar, a exemplo da “sensorial”, da “emocional” e da “simbólica”.

Veja uma lista completa de opções:

  • Funcional – equivale à solução de problemas ou ao atendimento de necessidades de forma objetiva; cumpre a função prática de ajudar o cliente
  • Sensorial – depende de uma experiência que mexe com os cinco sentidos
  • Emocional – acontece quando há a criação de um vínculo com o cliente (segurança, confiança ou similar)
  • Simbólica – depende da identificação de estilo de vida; tem a ver com identidade, pertencimento
  • Social – é marcada pelo fato de o restaurante aproximar pessoas
  • Informacional – existe quando o cliente encontra dados que ajudam na escolha

A disponibilidade da equipe para personalizar uma receita devido a uma restrição e outras práticas que mostram cuidado com as necessidades de cada um ilustram bem uma das várias oportunidades que você pode ter de agregar valor.

Entram na lista de exemplos, ainda, aquela descoberta de um combo sensacional através do acesso ao cardápio digital, as descrições que abordam detalhes dos ingredientes e do modo de preparo dos pratos (e a chegada da receita ao cliente do mesmo jeitinho que foi oferecido no menu) e o acompanhamento do status do pedido em tempo real no delivery.

Precisaríamos de várias páginas para catalogar mais opções.

Observe seu público-alvo, vá fazendo testes e levantando dados!

Como medir o valor agregado de um restaurante?

Observe comportamentos e feedbacks deixados no cardápio digital ou para atendentes e gerentes. Entenda o que funciona e o que pode melhorar em diferentes aspectos: recepção, comunicação, operação, padronização e assim por diante.

Observe também o que a galera comenta nas redes sociais do estabelecimento.

Em paralelo, colete opiniões internas, da sua equipe, pois os funcionários percebem detalhes que ninguém mais nota.

Depois, junte tudo em uma espécie de “mapa da experiência do consumidor”, registrando observações e buscando padrões.

Você terá clareza de “onde” o valor aparece, “onde” ele se perde e de pequenas mudanças que podem gerar grandes efeitos.

Use métricas específicas para embasar suas decisões:

  • Taxa de recompra/Frequência de retorno
  • Índice de satisfação do cliente
  • Indicações espontâneas
  • Tempo de permanência
  • Ticket médio por mesa ou pessoa
  • Curtidas, comentários e menções online

“E como eu percebo que preciso aumentar o valor agregado por aqui?”

Essa pergunta provavelmente está aparecendo com um sinalzinho de alerta na sua mente enquanto você lê este artigo, e a gente separou a resposta em forma de dicas! Leia antes de ir:

  1. Crie momentos memoráveis: adapte seu negócio para ajudar o consumidor a ter histórias compartilhadas com amigos e familiares (e/ou guardadas na memória)
  2. Surpreenda com pequenas novidades: que tal um prato sazonal, uma apresentação diferente ou uma simples atualização da playlist?
  3. Acompanhe tendências: o cliente gosta de saber que você se preocupa com inovar constantemente, seja através do implemento de novas automações de mudanças no cardápio etc.
  4. Desperte o desejo: faça isso com combinações de sabores, texturas e cores nos pratos, mas com atenção aos detalhes de decoração, comunicação e outros também
  5. Sugira harmonizações adequadas: elas funcionam como um guia de consumo; ajudam o cliente a tomar decisões mais rápidas e elevam a satisfação final
  6. Dê aquele mimo para aniversariantes: uma sobremesa especial na hora de cantar parabéns ou uma bebida exclusiva mostram que você se importa
  7. Atualize periodicamente o treinamento dos garçons: agarre-se às boas práticas de um atendimento de excelência e não as deixe jamais!
  8. Personalize o cardápio: trabalhe sua identidade visual no menu tanto quanto na fachada, no guardanapo e nas embalagens; use boas fotos

Nada de se deixar ser engolido pela concorrência nesse mercado tão competitivo!

Agregar valor é estratégia de sobrevivência, e o crescimento vira consequência. Depois de conferir as informações contidas aqui, você está no caminho certo para agir, somando pequenas escolhas feitas todos os dias para tornar seu negócio um gigante do food.

Boa sorte!

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