
A porta abriu, a noite promete, a recepção tá pronta pra organizar quem chega e a cozinha acompanha o ritmo dos pedidos: boa parte desse sucesso está numa gestão de fila eficiente, bem como boa parte do sucesso da experiência dos clientes.
Quando uma fila começa a se formar num restaurante, sua gestão faz toda a diferença:
- Quem acabou de chegar quer saber onde ficar;
- Quem está esperando, precisa ser informado de quanto tempo falta para se acomodar ou conseguir pedir; e
- Quem tem dúvida sobre esperar ou não, quer entender melhor o processo de liberação de mesas
Existe uma lógica que precisa guiar o fluxo de consumidores para o serviço acontecer do jeito certo, e este artigo fala mais sobre ela – através de respostas para dúvidas frequentes!
Como fazer gestão de filas em restaurantes?
A gestão de filas, principalmente em restaurantes com atendimento no salão, começa antes de a casa encher. Ela depende de uma organização cuidadosa da entrada dos clientes, de um controle atualizado de reservas e de uma distribuição correta da espera, quando necessário.
Além disso, fica impossível fazer qualquer fila andar sem garantir que bar e cozinha recebam as informações sobre os pedidos no tempo certo, do jeito certo.
Para ter sucesso, você vai precisar de:
- Processos bem definidos
- Máximo alinhamento na comunicação interna (e com o consumidor)
- Tecnologias específicas para o foodservice
Juntar essas três “coisas” dá ritmo à operação.
Quais as melhores dicas práticas para uma boa gestão de filas?
Do físico ao digital, alguns investimentos ajudam restaurantes de todos os tipos a manejarem esperas, pedidos e pagamentos melhor que os concorrentes, conquistando clientes e lucrando cada vez mais.
Escolha, dentre as estratégias adiante, qual ou quais quer testar primeiro!
1. Ofereça a opção “fazer reserva” e atribuir o manejo disso a alguém
Caso faça sentido para o negócio, a primeira dica é abrir uma porcentagem de mesas e cadeiras para reservas antecipadas, definindo uma pessoa responsável por confirmá-las, revisando cada detalhe (horário de chegada, número de lugares, necessidades especiais etc.).
Em paralelo, em situações assim, o restaurante também precisa ter:
- Tempo de tolerância definido e informado
- Mesas previamente sinalizadas como “reservadas”
- Planejamento da reserva registrado no “mapa” do salão
- Intervalos adequados entre as reservas, para evitar esperas superlotadas
E, à pessoa responsável pelos processos, também caberá informar o restante da equipe sobre atrasos, cancelamentos, mudanças ou encaixes de última hora. Em tempo real!
2. Organize a espera com antecedência e atenção
A mesma pessoa a quem você atribuir a gestão das reservas e da espera também poderá entrar em ação quando a operação começar, registrar dados essenciais para a acomodação de novas mesas:
- Nome da pessoa que entra na fila
- Telefone para contato
- Quantidade de acompanhantes
- Preferências/Observações
Além de tudo, ela deverá informar os consumidores sobre o tempo de espera e qualquer alteração no cronograma do restaurante, preferencialmente com o suporte de softwares e ferramentas criados para isso.
O segredo, muitas vezes, não é evitar filas – e, para isso, ter que fazer tudo correndo –, mas permitir que sua formação seja devidamente organizada. Para o resto do turno seguir do mesmo jeito!
3. Prepare o time para começar a atender já na porta
Após a atuação de quem está na recepção, os garçons entram em cena: imediatamente quando os clientes ingressam no restaurante ou se sentam à mesa.
É necessário prepará-los para receber cada consumidor com calma, falar olhando no olho e explicar, de forma simples, mas informativa, sobre o funcionamento da casa, o preparo dos pratos etc.
Que tal criar um roteiro de atendimento e acomodação, não só pensando na experiência, mas em despertar, nos funcionários, um senso de agilidade que não transpareça a quem frequenta o restaurante?
Um passo a passo simples, mesmo!
✓ Acolher e informar o tempo de espera real
✓ Orientar sobre o local para aguardar ou conduzir à mesa
✓ Apresentar o cardápio digital e sua utilização
Esse tipo de protocolo ajuda o salão a ganhar ritmo sem pressa aparente para o cliente.
4. Garanta a troca de informações em tempo real
Agora, voltando ao final da primeira dica – e amarrando as outras que já vieram: não há nada mais importante do que o alinhamento de todos! Para isso servem os briefings antes da abertura, os rádios de comunicação, novamente, as tecnologias de restaurantes etc.
Gerir espera e chegadas também é sinônimo de garantir que as informações circulem todas no mesmo ritmo, chegando a quem precisa delas, e sendo imediatamente bem aproveitadas.
Defina o que deve ser comunicado, quem comunica e em qual momento. Escolha como a comunicação vai acontecer de acordo com o perfil da casa e do público-alvo. Se precisar testar diferentes soluções para escolher a melhor, comece agora!
5. Tome atitudes ligadas ao espaço físico também
E, pra ninguém ficar sem informação (no caso dos clientes) ou sem saber como agir (no caso da equipe):
- Separe grupos grandes de pequenos
- Separe esperas no balcão vs. para mesas
- Permita que reservas antecipadas aguardem em outro espaço, se possível
- Dê um jeito de tornar visual como está o andamento da fila
Aproveite e vá registrando esses “esquemas” para depois analisar padrões e gargalos, evoluindo sua operação!
6. Destine, de verdade, uma área para a espera
Como assim? Bem, a área de espera do seu restaurante não deve passar a existir “no improviso”, “só” quando surge a demanda. Mesmo que seja pequena, é importante tê-la, de preferência:
- Devidamente decorada
- Bem iluminada e ventilada
- Com assentos confortáveis
- Com cardápios atualizados
- Com atendimento à disposição
- Com Wi-Fi gratuito e pontos de recarga de celular
- Com alguma distração para crianças
- Com música ambiente
- Segura para apoiar bolsas e casacos
Caso você não queira seguir por esse caminho, ofereça a opção de envio de mensagem ao cliente na fila de espera assim que a mesa liberar. E seja coerente ao definir em quanto tempo ele pode se apresentar na recepção a partir do momento em que recebe o aviso.
A gestão de filas e esperas é cíclica!
Quando uma etapa da gestão melhora, ela muda a seguinte, e isso volta. Recepção, salão e cozinha influenciam e corrigem umas às outras em tempo real.
Você organiza um espaço legal e facilita o trabalho da recepção e cria as melhores condições de trabalho para os garçons.
Você define um responsável pelo processo e vê esse responsável “retroalimentar” o sistema o tempo todo conforme monitora as chegadas, adapta o fluxo, atualiza a equipe etc.
“E quem deve ser esse responsável?”. Eis a questão!
Chefe de fila em restaurante: preciso ter? Vale a pena?
Tudo depende do modelo do estabelecimento e do volume de clientes, mas a recomendação comum é de contratar chefe de fila para operações em que há:
- Movimento intenso
- Horários de pico bem definidos
- Alto giro de mesas
Nesses cenários, o chefe de fila vai colocar ordem na porta, ditar o ritmo do fluxo de entrada, manter o salão informado sem atrasos e, se tudo correr bem, evitar várias desistências.
Agora, se o restaurante não quiser contratar alguém para a função formal de chefe de fila, pode ter um host ou uma hostess para assumir esse papel, desde que fique definido um processo claro e documentado e que haja treinamento específico do(a) colaborador.
Ainda, é essencial a responsabilidade estar formalizada.
Enfim, você tem o tempero para a receita da sua gestão de filas virar uma vantagem competitiva! Bora agir? Conte com outras orientações do blog da Abrahão Goomer sempre que precisar!
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