Cardápio inclusivo: 7 dicas baratas para ter (e fazer valer)

Um cardápio inclusivo pode perfeitamente se adaptar à realidade do seu negócio, e este artigo explica como. Boa leitura!

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Mulher utilizando um tablet em um restaurante para fazer pedidos de comida, com outras pessoas ao fundo, ambiente moderno e bem iluminado.

Só um cardápio inclusivo permite que restaurantes atendam clientes com restrições alimentares ou necessidades específicas, como os que fazem uma dieta vegana ou vegetariana, aqueles que dependem de alimentação sem glúten ou sem lactose etc.

Mais do que uma tendência, prestar atenção a esses nichos é democratizar e respeitar experiências gastronômicas, ao mesmo tempo, ampliando o alcance do seu negócio: já pensou por esse lado?

E não precisa sair por aí radicalizando o menu: com pequenas adaptações e opções que, apesar de simples, sejam seguras (inclusive no modo de preparo!), você garante escolhas estratégicas e opções versáteis, saborosas e acessíveis ao seu público-alvo.

Sem complicar a operação.

Este artigo vai lhe ajudar com sete dicas práticas.

1. Conheça bem o seu público

Descubra as reais preferências de quem compra de você. Faça isso:

  • Analisando relatórios de vendas e a movimentação da cozinha
  • Monitorando o que “volta” no prato e vai pro lixo
  • Coletando feedbacks ao término das refeições
  • Criando enquetes nas redes sociais (Ex.: proteína animal vs. vegetal)
  • Coletando informações com os atendentes

Se tem muita gente pedindo pra tirar o queijo de um prato que, sem queijo, se torna vegetariano, seu próximo passo a favor da inclusão tá “na cara”!

2. Adapte o que já faz sucesso – e faça isso com atenção

Mesmo com itens exclusivamente dedicados a atender as pessoas com dietas restritivas, talvez valha a pena oferecer adaptações de outros produtos, conforme já sugerido anteriormente.

Vai substituir ingredientes de origem animal por outros? Certifique-se de que tenham a mesma qualidade!

Exemplos:

  • Frituras vs. grelhados
  • Leites de vaca vs. leites vegetais (de amêndoa, coco, soja ou aveia)
  • Farinhas alternativas (quinoa, milho, aveia etc.)
  • Proteínas vegetais (grão-de-bico, soja, cogumelos e outros)

Tenha uma bancada exclusiva para preparos especiais, garantindo a segurança de quem compra e a minimização dos retrabalhos para a sua equipe.

Nunca, em hipótese alguma, prepare receitas para servir pessoas alérgicas com equipamentos que tenham tido qualquer contato com ovos, amendoim, nozes e soja.

3. Ofereça opções saudáveis, mas saborosas

Ter algumas alternativas fitness, mesmo que o restaurante não siga essa linha, é estratégia positiva para fidelizar mais clientes, além de ser inclusivo. Mas os pratos precisam ser coloridos, gostosos e completos!

Que tal 1 bowl nutritivo com grão integral + porção de vegetais + proteína e/ou 1 ou 2 saladas completas acompanhadas de molhos naturais?

Tela de pedido de comida saudável com opções de pratos nutritivos, saladas mediterrâneas e berinjela recheada em um restaurante.

4. Use ícones para diferenciar os itens no menu

E, pra ninguém precisar ficar lendo o cardápio como se fosse uma bula, sinalize opções são veganas, sem glúten, sem lactose, low carb, entre outras, usando símbolos e cores.

  • Uma folhinha indica o que é vegano, um sinal de “pare” ao lado de um copinho de leite indica o que é sem lactose e assim por diante!
  • Uma “etiqueta” aponta que o cliente pode trocar o leite normal por “leite vegetal pagando +R$ 2”
  • No cardápio digital, uma categoria exclusiva é dedicada às opções inclusivas do restaurante, diferenciando-o totalmente da concorrência

5. Faça descrições pensadas em quem lê

Além de tudo, criar descrições claras e objetivas das receitas será essencial para agregar transparência na relação com o consumidor e, consequentemente, atraí-lo e fidelizá-lo sob o prisma da inclusão.

Isso porque as melhores descrições evitam dúvidas e ajudam na escolha – até dos que não podem ou não querem “comer de tudo”!

  • Liste os ingredientes principais sem rodeios
  • Explique o preparo e detalhe o sabor
  • Apresente os benefícios das adaptações, se elas acontecerem
  • Mencione alergênicos

Novamente, se tiver um cardápio digital, aproveite a possibilidade de complementar a descrição com fotos e vice-versa: cada clique ajuda as pessoas a quebrar preconceitos sobre pratos veganos, sem lactose ou sem glúten – e não vamos esquecer que a gente come primeiro com os olhos, né?

6. Precifique de forma justa e inteligente

Pra fechar, saiba que inclusão não precisa significar gastos exagerados, nem por parte do restaurante, nem do consumidor, e precifique seu cardápio adotando essa máxima, mas, ao mesmo tempo, sabendo que muita gente está disposta a pagar a mais (dentro do que for justo) para comer exatamente o que deseja.

  • Calcule o custo real das substituições dos ingredientes, não faça nada no chute
  • Evite aumentos desproporcionais (em relação ao mercado e à concorrência)
  • Indique o acréscimo de preço em trocas de forma clara, tomando cuidado para não dar a sensação de estar cobrando uma “sobretaxa”
  • Reforce o valor agregado da opção do cliente, justamente através das descrições, imagens e dos sinalizadores visuais

Pode parecer chato, mas é essencial, de certa forma, se justificar para a freguesia, explicar o motivo de uma cobrança adicional. Você ganha reduzindo as reclamações, não só aumentando o ticket médio!

7. Dica “extra-cardápio”: prepare sua equipe para vender também

Um cardápio inclusivo só faz sentido se quem atende ou serve entende o porquê de cada modificação, portanto, treine seu time para que todos consigam explicar e sugerir pratos e bebidas aos clientes com dietas restritivas.

Ainda, ensine-os sobre a importância de atender com segurança, alertando sobre modos de preparo e alergênicos.

Não esqueça também de treinar a equipe de cozinha para reconhecer riscos de contaminação cruzada e seguir protocolos essenciais.

Reconheça a responsabilidade que você tem com muita gente, e faça com que seus colaboradores sintam o mesmo!

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